terça-feira, 30 de agosto de 2016

AS MIL FACETAS DA CACAU MILA

Por: Diego El Khouri

Escritora, atriz, cantora,compositora,apresentadora... As mil facetas dessa grande artista    devassada aqui nessa entrevista; páginas vivas nesse blog que continua na sua obsessão cultural traçando painéis, paralelos, criações e caminhos com todos seus contornos, nuances e profundidades.  Vale a pena saber mais sobre essa goiana talentosa conhecida como Cacau Mila.





1)     O que te despertou pra  música?

Meu contato com a música começou muito cedo. Meu pai era músico e cantor, possuía uma banda e levava os instrumentos pra casa todos os dias após o ensaio. E foi assim, com contato com sanfona, violão e teclados que eu reconheci minha primeira paixão.

2)     Quais os artistas que influenciaram em sua formação?

A verdade poética de O Teatro Mágico e a conexão espiritual provocado pelas composições do Coldplay foram, durante muito tempo, minhas principais influências.
Hoje a nova MPB (Silva, Gadu, Clarice), juntamente com o ritmo envolvente do indie e de bandas como Beirut, tem sido o que mais me chama a atenção pela nova maneira de utilização da voz nas melodias como na mistura de sons.



3)     O que pretende transmitir com sua arte? Em algum momento pensa no receptor?

Eu sempre penso. É o que sempre penso.
Quero que as pessoas se sintam mais felizes, animadas e com mais fé na vida de alguma forma. Minha maior ambição, talvez um tanto quanto infantil, é que uma história de amor comece algum dia ao som de alguma música minha.

4)     Fale sobre seu livro Enquanto você não vem 

O Enquanto você não vem nasceu de anos de anos de blog. Quando a Penalux me convidou a levar os textos para o impresso, senti um misto de preguiça com pânico. Remexer em escritos é sempre soprar as cinzas de si mesmo. Nem sempre o que tem debaixo da poeira esquecida é algo bom. Mas, me enchi de coragem e o lancei, o livro sobre as fases que passamos até o amor “chegar” e é dividido em: Quando o amor é ansiedade, Quando o amor jorra de dentro, Quando aprendemos a vida, encontramos Deus e enfim, nós mesmos.
Atualmente ainda escrevo textos em prosa poética em meu site cacaumila.com.br e em minha coluna no Mais Goiás.

5) Fale sobre seu trabalho de atriz.

Sempre tive contato indireto com o teatro, fazendo peças desde a infância. Mas, profissionalmente a necessidade nasceu quando me senti exposta demais escrevendo e resolvi que precisa expurgar de outras formas, que precisava colocar a alma para se expressar de outra forma mais forte. Foi aí que o teatro surgiu e desde então já fiz algumas peças, mas sempre com enfoque maior no teatro-musical.


6) Você é Apresentadora (juntamente com Everson Cândido e Marcos Bazzar) do programa Plugin, da Rádio Interativa. Nos fale sobre essa experiência e sobre o programa.

É maravilhoso trabalhar com esses monstros da comunicação. Aprendo muito com o Everson e gosto muito do Bazzar. Nem sempre temos as mesmas convicções e ideologias, mas me sinto honrada em estar na rádio que eu amo, fazendo o que amo, e com pessoas que me ensinam com sua trajetória e me lembram que dá sim pra viver, e viver bem, fazendo o que se gosta.

7) Como é a sua relação com outros artistas do país e em particular, como você encara a cena underground goiana?

Eu gosto muito da nova safra que tem se apresentado nacionalmente, como Silva, Esteban, Tiago Iorc. Não tenho tanto contato com artistas fora daqui, mas o pouco que tenho proximidade, já considero amigos. O cenário underground em Goiânia é algo que me encanta. Todos os dias descubro uma banda nova com som incrível. Não tenho tanto tempo de estrada no meio, então, estou feito menina que vai pela primeira vez no parque de diversões. A coragem, a ousadia da galera independente, a criatividade na mistura de sons e nas gravações e clipes é algo que me fascina e estou muito feliz por podermos levar isso tudo pra mais pessoas através do quadro PlugNovo, no PlugIN.


8) Que som você anda ouvindo ultimamente?

Esteban Tavares, Tiago Iorc, Noahs, The Chinaskis, James Morrinson.


9) Vamos falar agora de literatura; o que anda lendo?

O lobo da Estepe – Hermann Hesse
Maestro – A volta por cima de João Carlos Martins, por Ricardo Carvalho.


10) Próximos passos.

Estudar, me aprimorar como apresentadora, poupar grana pra gravar um ep, transformar alguns textos em músicas, conhecer Amsterdã e comprar uma bicicleta.





quarta-feira, 20 de julho de 2016

MAIS UMA TROCA DE IDÉIAS COM FABIO DA SILVA BARBOSA

Por: Diego El Khouri



Conheci Fabio da Silva Barbosa através do grande sonetista Glauco Mattoso. Ele me mandou um zine que o Fabio fazia na época com Alexande Mendes e Winter Bastos chamado Berro (zine  que Winter ainda edita) e passamos a nos comunicar via internet e correio (sim, ainda há pessoas que se correspondem através de carta: os zineiros). Um tempo depois nos encontramos no RJ na minha primeira ida lá (por volta de 2010). De lá pra cá trabalhamos juntos em vários projetos  bacanas como por exemplo o Coletivo zine (http://coletivozine.blogspot.com.br/) e a capa do seu livro de poesia chamado Palavras Marginais (depois quero em outro momento falar mais sobre esse livro). Fabio é um agitador cultural obsessivo. Uma de suas "viagens" mais interessantes é o fanzine Reboco Caído (tanto a versão impressa quanto o blog http://rebococaido.tumblr.com/).
 Tive o prazer de entrevistar esse maluco  duas  vezes e achei que agora era a hora de registramos mais uma troca de idéias.


1) Comece falando sobre seu livro recente intitulado 'Sobre uma sociedade decadente' e como adquirir um exemplar.

Esse trampo saiu pela Editora Resistência, em formato e-book. O download é gratuito.
Livro (e-book) download gratuito direto com a editora nos links 
ou direto com o autor pelo e-mail fsb1975@yahoo.com.br


2) E o livro "Escritos malditos de uma realidade insana”?

Na verdade, o Escritos, o Sobre uma sociedade e o Reflexos e Reflexões são uma trilogia, mas acabaram saindo em momentos diferentes. Gosto de todos, mas tenho um grande carinho pelo Escritos. Gostei muito do resultado. Para conseguir qualquer um deles é só dar uma procurada no oráculo moderno.

3) Além desses livros, fale sobre seus projetos atuais.

Tô lançando o Salada Cascuda, projeto com a editora cartonera Candeeiro Cartonera. Sempre quis lançar um lance pelo movimento cartonero. Curto bastante a iniciativa. Graças a galera que participou da pré venda pude realizar essa parada. No final do mês estará nascendo o Palavras Marginais. São livros muito singulares. O Salada viaja sobre meus diferentes estilos de escrita. Passa por várias formas e propostas. O Palavras já se divide em duas partes e cada parte segue numa linha, embora se complementem. Ambos têm edição limitada e quem quiser garantir o seu é bom correr atrás enquanto é tempo.



4) A poesia continua forte em seu trabalho cultural; versos carregados de muita intensidade, contestação e revolta. Octavio Paz definia poesia como "subversão do corpo" e Glauco Mattoso como "a metralhadora na mão do palhaço. Ainda há espaço para a poesia nessa sociedade cada vez mais voltada à vida pragmática e competitiva?

A poesia é necessária nessa sociedade. É necessária como resistência, como algo a margem, mas que dá voz. A sociedade não dá espaço a nenhuma forma de expressão que não se enquadre em seu esquema alienante, na coisa da podre geração zoeira. Para essa sociedade, com certeza, ela não é importante, o que é até bom. A poesia não tem de fazer parte dessa imundície mesmo. O papel dela é outro. Lógico que temos os burgueses excêntricos, que gostam de coisas diferentes, e com isso acabam incluindo a poesia entre o repertório, ou então aquele que gosta de se dizer culto e intelectual e vê as formas de expressão como algo elitizante, A ARTE. Quem sabe qual é, logo vai separando o que tem conteúdo do que é puro lixo. A poesia é uma importante ferramenta. Uma entre muitas. Tudo depende de quem vai usá-la.

5) A literatura sempre teve uma função de libertar as pessoas da forma restrita que enxergam o mundo. Você, como escritor, agitador cultural e jornalista, como encara o crescimento contínuo de figuras extremistas como Bolsonaro, Malafaia e Feliciano? E dentro desse contesto, na sua opinião, qual a posição teria os movimentos sociais?

Cara, esses vermes são a caricatura do que há de pior no ser humano. Uma vergonha ainda existir esse tipo de mentalidade hoje em dia. Mas essas figuras só se criaram e se expandiram porque as pessoas deram margem, não levaram a sério. Agora os caras estão aí com força para fazer merda a vontade e ainda querem mais. Acho que a função não só dos movimentos sociais, mas de cada um de nós, é combater esse tipo de canalha com todas as forças antes que seja tarde. Cada um de nós é um movimento social. A menos que se viva na inércia, cada ser é um movimento social e há os que sejam movimentos revolucionários.

6) Ainda acreditar no fanzine impresso mesmo nessa era digital? E como anda o Reboco Caído?

Claro. Não tem como não acreditar. Se não, ia acreditar em quê? Na Rede Globo? A internet pode ser monitorada, como nos monitoram pelas redes sociais, pode te excluir, como excluíram meu antigo blog INVERSO&AOCONTRARIO ou o antigo do Reboco Caído, mas o impresso é muito mais fora de controle. Não tem como controlar. Em qualquer lojinha se tiram as cópias e depois é só começar a distribuir por aí. Já tô com o próximo número do Reboco Caído pronto. Tá muito bom. Não vejo a hora de conseguir reproduzir. Esse ano a coisa ficou mais lenta no campo dos zines devido a falta de grana e a correria pelo pão de cada dia. Sabe como é. A gente que não faz parte dos ricos excêntricos citados anteriormente e que passamos o aperto que a grande maioria da população sofre, sabe que não é fácil manter os projetos vivos e a cabeça funcionando. Tem de ter muita convicção, determinação... ou sei lá qual a palavra correta para definir esse tipo de loucura, de insistência.  

7) Você é um cara que já entrevistou diversos artistas. Por que essa obsessão em levar ao conhecimento das pessoas tantos trabalhadores das artes?

Sei lá. Vontade de dividir com os demais algo que conheci e gostei, valorizar o conhecimento e a produção alheia, apoiar o que ocorre de forma independente e alternativa, paixão, apoio mútuo, crença... Vai saber.

8) Quais escritores da "nova geração" estão te chamando atenção? Há luz no fim do túnel?

Há muitas pessoas produzindo. O problema é que a maioria fica ancorada na mesma meia dúzia de sempre. Aí não dá. Enche o saco sempre o mesmo bláblá e certezas falidas. Não que ache que devamos esquecer os clássicos, as coisas antigas, mas precisamos estar sempre nos atualizando. Não adianta nada encher a estante de livros inscritos no manual de quem gosta de ler coisas diferentes e nunca ter lido Diego El Khouri, Mazinho Souza, Carlos Bruno, Jesuana Prado... entre vários outros. Poderia fazer uma lista enorme aqui, mas acho que já deu para entender. Se não deu, ilustro então de outra forma. De que adianta você ter lido todos os livros da geração beat, se não leu o do Ivan Silva? Pra mim não adianta nada. Aí as ideias não continuam seus caminhos. Fica sempre estacionado no que já foi assimilado e não assimila o que realmente está acontecendo. O cara se acha moderno, mas está sempre um passo atrás do hoje. Muitas vezes vários passos e há também o que só caminhe de ré. Até porque o próprio conceito de moderno já é algo passado. Aí vem aquela cegueira toda dizendo que hoje em dia não acontece nada, que antigamente que era bom. Tem coisa acontecendo a todo momento e em toda parte, só que as pessoas não se interessam em correr atrás de conhecer. Ficam esperando as novidades virem pela tv ou pelas fms da vida. Ficam esperando o próximo lançamento da LPM. Talvez isso também responda um pouco da pergunta a cima e a anterior.

9) O que que queria dizer e não te perguntei?

Muitas coisas. O próprio infinito.


10) Uma poesia pra finalizar.

Seria difícil escolher uma.




quarta-feira, 29 de junho de 2016

A PORNÔ/ ARTE DE JULLY DELARGE

Por: Diego El Khouri

Sem papas na língua, sem lero-lero, com o dom da palavra e do pensamento ferino e voraz, vos apresento Jully Delarge,  atriz das noites insólitas de orgia e fogo  " a subversão do corpo" em forma de delírio e transgressão. Mais uma grande personagem do pornô sendo entrevistada por esse outsider afim de  devassar por completo a chamada cultura underground.



1) Como surgiu a "personagem" Jully Delarge?

 Jully DeLarge foi o nome que meu aspecto libertino aderiu. Faz parte do que eu sou, da minha personalidade individual como um ser senciente e consciente. Sinto a vida com intensidade, busco vivenciar experiências que agregam para minha realidade aquilo que ainda não vivi, e este nome manifesta as minhas ideias libertinas, porém, Jully DeLarge e Julia Nogueira não diferem em relação à linha de pensamentos e  comportamentos rs.

2) Existe uma barreira que separa erotismo e pornografia?

 A única barreira que separa erotismo e pornografia, é o ser humano e seu hábito de destruir as energias sexuais em pedacinhos para que sejam capazes de compreendê-las através de seu raciocínio "lógico", aquilo que precisamos apenas sentir e expressar como quisermos. 
Além de raciocinar sobre tudo, o ser humano deseja nomear e separar as coisas conforme sua percepção limitada. Deste modo, um gênero torna-se aceito perante a elite artística como arte, o outro apenas para saciar a massa necessitada de pão e circo.


3) Em uma declaração você disse que não trabalha com a indústria pornográfica para "macho se masturbar", que seu "rolê é outro". Qual é o seu "rolê"? 

Minha vivência através da pornografia nunca foi visando satisfazer punhetinha de macho. Meu rolê é bem outro!
Percebi que me divertia muito gravando e trouxe pra minha vida muitas dessas amizades que surgiram nos sets de gravação.
São meninas incríveis e o que move minhas ideias é tornar nossa diversão ainda mais divertida, criando ambientes respeitosos para desenvolvermos as cenas, prezando a integridade das que se propõe a compartilhar o prazer de seus corpos com quem se dispõe a ver.
Entende que nem tudo é sobre vocês, para vocês, macho?
Óbvio que não.
Só enxergam a própria rola.
Nosso sexo é forte!
Fracas são suas mentes e suas estruturas sociais que se borram de medo quando as mulheres se unem!
E nos unimos para o nosso prazer!
Para que o mundo se torne um lugar prazeroso, para nós mulheres vivermos em paz!
Se tua mente lhe aponta o pecado em meu desejo e jeito de ser feliz, nem lamento ó...

4) Você certa vez disse que "a gente tem que manifestar pensamentos coerentes." E completa dizendo que "somos totalmente responsáveis por aquilo que nossos pensamentos e comportamentos geram". Estamos passando por um período difícil. Uma "cultura do ódio" cada vez mais presente adquirindo novos adeptos e as diferenças cada dia menos respeitadas. Tivemos recentemente um caso terrível  em uma favela do Rio de Janeiro, uma moça estuprada por mais de trinta homens. Houve muitos manifestos "contra a cultura do estupro",  porém boa parte da população culpando a vítima. Qual seu posicionamento em relação ao assunto? Realmente nossa sociedade tende sempre a culpar a vítima?

 Existe uma cultura que coloca a mulher em posição inferior ao homem, esta cultura se perpetuou pelo Planeta como um vírus, utilizando o estupro para subjugar, ameaçar e fazer a mulher temer suas energias sexuais, reprimindo-as em si. 
Esta atitude foi para fazer vigorar este estado mental de submissão no sexo feminino. 
A figura da mulher bela, recatada e do lar foi ferozmente perpetuada pelo nosso falso pilar, a Religião, para que o domínio através da opressão fosse concluído. A mulher havia se tornado o sexo frágil.
 
As mulheres que rejeitaram abdicar de sua liberdade sexual era vista como escória. Seu estupro era merecido.
 
Esta realidade se manifesta até hoje e por toda cultura regida por
sistemas de crenças patriarcais. A mulher é a vítima e a responsável por ser vítima. Segundo a conduta patriarcal.


5) Como sua família encara sua profissão?

Minha família lida de forma tão natural que as pessoas se espantam com a naturalidade que falam sobre meu trabalho. 
Minha irmã, Debora, de 19 anos, me conta que quando ela começa a contar para as pessoas do seu trabalho sobre a minha vida, muitos ficam abismados com as histórias malucas mas ainda mais abismados pela naturalidade que ela transmite o assunto!
Minha mãe é minha melhor amiga, me apoia em tudo e confia muito na minha capacidade de fazer o melhor por mim mesma.


6) Como anda  a indústria pornô no Brasil no campo financeiro e da criação?

Tem que melhorar, estamos ocupando a plataforma pornográfica com ideias criativas para que uma realidade íntegra em todos os aspectos se manifeste no universo de quem utiliza do corpo e da dança sexual para autoexpressão. 
Para vender  os filmes que dirijo para canal de TV, temos que seguir as regras de produção padrão da emissora. Isso nos limita muito na questão de agregar novos elementos artísticos nos filmes mas temos contestado dentro das regras deles e tem dado certo!
 
Torcemos para que continuem cada vez mais abrindo espaço para uma pornografia renovada e criativa.


7) O que mulheres e homens precisam saber sobre sexo?

Mulheres e homens precisam se reconhecer e se reconectar com as energias sexuais, praticam sexo mas repudiam o sexo. Isso torna as pessoas hipócritas perante sua própria sexualidade. Quando tentam lidar com a sexualidade do próximo então, é o desastre completo na Terra!



8) Uma história interessante e inusitada que viveu na sua profissão.

 Nesta matéria conto como surgiu a ideia de gravar um pornô com uma banda tocando ao vivo no set. Experiência incrível! 
Tem fotos exclusivas dos dois dias de gravação! 
Filme: Os Filhos da Carne
Direção: Jully DeLarge
https://safada.tv/filhos-da-carne/


9) Vi uma publicação sua você ministrando uma aula de sexo oral. Nos conte essa experiência.

  Nesta outra matéria relato em detalhes este dia memorável no Simplão de Tudo. https://safada.tv/aula-de-sexo-oral-e-contaminacao-de-consciencia/


11) Mais alguma coisa que queira  dizer?

Eu Sou Jully DeLarge, 
Eremita do Pornô e Ativista Quântica.
 


domingo, 5 de junho de 2016

EDU EDDIE STRADA

Por: Diego El Khouri


Abaixo mais uma entrevista interessante que fiz nessa vida louca. Edu Eddie Strada e sua arte musical.



1) O blues tem uma forte influência no seu trabalho. Além do blues quais outros estilos que você transita?

O Blues é muito mais do que uma influência, eu diria. É uma paixão. Sensação difícil de explicar quando eu ouço ou canto Blues. 
 Mas além do Blues eu também sou do Rock. Gosto muito de todas as épocas do Rock, antigas e novas. Principalmente as coisas mais antigas, de raiz.
 Mas meus pais são da geração Bossa Nova. Cresci ouvindo muita Bossa Nova, Samba, Jazz Clássico e Contemporâneo.
 E, sendo o caçula de quatro filhos, fui influenciado pelos meus irmãos e irmã no Rock internacional e nacional, mas também no Reggae e outros estilos.

2) Como vê o cenário atual da música brasileira?

É um cenário difícil, como sempre foi. No Brasil, assim como no resto do mundo.

Difícil de conquistar, como antigamente, mas por outros motivos. Antigamente era difícil pelos meios de produção estarem nas mãos de poucos muito poderosos.
  Hoje os meios de produção baratearam e estão acessíveis a praticamente toda a população, mas, ao mesmo tempo, o consumo também barateou. Ficou quase gratuito, na verdade.  
  Isso dificulta pra quem produz conteúdo e precisa de espaço pra mostrá-lo. 
  É uma faca de dois gumes. Não há cenário perfeito. Mas prefiro o cenário atual ao antigo. Mais democrático e com muito mais possibilidades. Hoje em dia a criatividade na estratégia de publicação do trabalho conta muito.
  Não existe uma forma de bolo, um manual de como fazer. Quase tudo é possível.


3) O que tem ouvido ultimamente?

Sempre ouço muito os clássicos do Blues e do Rock. Recentemente me apaixonei por uma banda da época de Woodstock, Mountain. Já conhecia, mas estou conhecendo mais a fundo agora.
  Também sempre escuto muito as bandas dos anos 90. Alice in Chains, Soundgarden, Stone Temple Pilots, Pearl Jam, Nirvana etc.  Do Rock mais atual eu curto muito Foo Fighters, Artic Mokeys, Black Keys, mas minha preferida é Queens of the Stone Age.

4) Fale de seus projetos.

    Tenho meu projeto autoral (EDU STRADA & Os Caroneiros). Nele canto minhas músicas e alguns covers de rock modernos de bandas como as que mencionei acima. Nesse projeto sou acompanhado por uma galera mais jovem, rola muita energia no palco. É muito bom! Estou lançando em breve um EP nas principais lojas digitais com as primeiras músicas desse projeto.
  Além disso, tenho meu projeto de intérprete de Rock Clássico e Blues. Esse é um show bem dançante. Juntei um repertório bem inusitado e que tem funcionado bem demais! Sou acompanhado pelos melhores músicos disponíveis na área. Esse show surpreende! Dá pra ver na reação das pessoas que vão só esperando mais um show de Blues. Tenho planos de produzir um conteúdo autoral pra esse projeto no futuro. Vamos ver...
Estou muito satisfeito com esses dois projetos e tenho trabalhado pra alavancá-los a um nível mais alto sempre. Colocá-los no patamar em que eles merecem estar.
Além disso, como sempre, rolam os projetos paralelos de Rock Clássico e Blues. Continuo cantando na Woodstock Band, que é altíssimo nível. Tem um público fiel. É muito gratificante.
E outros projetos mais esporádicos que sempre pintam. Sempre pinta um convite aqui e ali pra participar de um show ou de algum projeto novo.



5)  Quais os discos, livros e filmes te  influenciaram no seu início artístico?

Olha não tenho nenhuma influência diretamente na arte, mas sim na vida em geral. Alguns títulos influenciaram mais que outros muito por remeterem a momentos importantes da minha vida.
 Tudo de Jimi Hendrix. Tudo de Cream (minha primeira referência no Blues Rock!). Assim como Eric Clapton (Cream of Clapton foi minha pedra fundamental) Tudo de Bob Marley, com alguns discos mais especiais como o Confrontation e Uprising. The Doors sempre foi muito importante na minha formação também hoje em dia curto muito o álbum Soft Parade. Tábua de Esmeraldas do Jorge Ben e Tim Maia Racional. Pearl Jam - Ten.
Muita coisa pra mencionar aqui...

Alguns livros como On the Road (Jack Kerouac), além de outros títulos dele. Vidas Secas (Graciliano Ramos). Vida, O Filme (Neal Gabler), me influenciou muito na época da faculdade. 
Gosto muito da poesia Beatnik, de Paulo Leminski. Drummond, Machado de Assis...

Filmes: Clube da Luta; Matrix. Gosto muito de Stanley Kubrick, Tarantino, Woody Allen. 


6) Onde podemos encontrar seu trabalho?

Como disse, em breve estarei nas principais lojas digitais, como ITunes, Spotify. Por enquanto pode encontrar minhas músicas autorais pra download só no Bandcamp. Pode escutar algumas pré produções no SoundCloud. Ver coisas velhas e novas no Youtube e saber um pouco mais sobre mim no meu site: http://www.edustrada.com.br/

7) Como você vê o cenário político brasileiro?

Cara, prefiro me abster de entrar nesse assunto nesse momento dada a surrealidade em que tudo se encontra. Acho que isso é papo pra uma outra entrevista inteira, não acha? rs

7) Diga o que você quiser. 

Acho que é isso. Obrigado pelo espaço. Espero que tenha correspondido ao que você queria.
Grande abraço!



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domingo, 8 de maio de 2016

PATRICIA KIMBERLY E SUA ARTE PORNÔ

Por: Diego El Khouri



Patrícia Kimberly (personagem de Gisele Barbosa)  é uma renomada atriz brasileira de filmes pornográficos. Seu nome artístico é uma homenagem á atriz pornô americana Patrícia Kennedy, de quem tem a semelhança física.  Participou de mais de 270 filmes, foi apresentadora de um programa de TV a cabo denominado o "Assinante garanhão". já atuou para várias empresas pornôs nacionais, e internacionais. Concorreu para a melhor cena livre pela Erótika Vídeo Awards (EVA), uma premiação de produções pornôs brasileiras em 2009, pelo filme "Foda de Elite", da produtura Sexy World. Em 2015 Patrícia concorreu e foi eleita pelo público como a  melhor atriz em cena de fetiche do Prêmio Sexy Hot, o "Oscar pornô do Brasil", pela atuação no filme "Pés do prazer.  Conseguiu realizar seu sonho e já posou para diversas revistas do ramo, como a  Revista Brazil, Private, Buttman, Sexsites, Sexo e Êxtase, dentre outras.Pra muitos a cultura pornô está longe das artes, e para outros, como eu, consideram a pornografia uma arte como outra qualquer. O  importante é a força do trabalho.



Abaixo a entrevista que fiz com essa grande atriz Patrícia Kimberly:




1) Onde você nasceu e qual sua idade?

Nasci em Sp mesmo, no bairro d Guaianases em 09 janeiro de 1984.


2) Como você chegou até a indústria pornô?











Eu comecei fazendo programas em casas noturnas, sempre gostei de me exibir, de dançar, provocar, meu sonho era ser capa de revista masculina. Foi em uma dessas casas que conheci um produtor de filmes adultos que disse que se eu quisesse começar fazendo filmes, através dos filmes eu conseguiria também algumas capas de revistas... Juntei o útil ao agradável. Por que não fazer tudo aquilo que eu já gostava de fazer dentro de quatro paredes na frente das câmeras? 

3) O sexo é fingimento ou você goza de verdade nos filmes?

Na maioria das vezes gozo de verdade, principalmente no início da carreira onde tudo era novidade. sempre me entreguei de verdade procurando curtir aquilo que estava fazendo, aí percebi que era exatamente isso que os expectadores gostavam: ver eu realmente sentindo aquilo tudo. Confesso que não é toda vez que consigo gozar mas é sempre que me entrego e faço com vontade e com tesão.





4) Como sua família e amigos encaram sua profissão? Ainda existe muita caretice na sociedade?

Minha família e amigos sempre souberam e encararam numa boa e a caretice e o preconceito na sociedade ainda existe, mas nunca diretamente assim na minha frente. Por de traz eu sei que as pessoas devem falar, mas eu nem me importo. Sempre fiz o que quis. Encaro como minha profissão, minha carreira visto a camisa e sigo em frente


5) Qual foi a cena mais bizarra que você cometeu em um  filme pornô?

Não foi uma cena bizarra, foi a minha superação. Foi no filme da brasileirinhas Happy Hour. Eu estava com muito tesão nos três atores e nem era combinado, mas decidi no meio da cena que faria uma dupla penetração vaginal (dois paus na bocetinha ao mesmo tempo) e uma dupla penetração anal ( dois paus no cuzinho ao mesmo tempo ) foi difícil mas o tesão foi tanto que consegui, no fim a cena ficou do caralho nunca mais fiz isso de novo Rs. 



6) O que você tem a dizer para as pessoas que insistem que atriz pornô não é atriz?

O sexo também é uma arte, E cada um tem sua opinião e seu ponto de vista. Assim como uma atriz de uma novela Interpreta e vive o seu personagem querendo realmente transmitir o drama, nós atores pornô vivemos o tesão porque é exatamente isso que queremos que a pessoa que está nos assistindo sintam: o tesão...


7) Fazer filme pornô no Brasil dá dinheiro?

Quando eu comecei na indústria pornô ganhávamos bem mais, mas pela quantidade de filmes que fazíamos, hoje gravamos um filme ou dois por mês. Antigamente gravávamos 15 filmes no mês.
Mas de vez em quando ainda parece uns gringos pra gravar, ou tem uma ou outra produtora brasileira que ainda pagam muito bem.



8) O programa garotas da van é fake ou não? os convidados são mesmo fãs que foram sorteados?

Na verdade os participantes não são sorteados, são selecionados, escolhidos pela foto, pela região onde moram, pela vontade mesmo que o cara tem de participar. Mas mesmo selecionando o cara a dedo às vezes o cara marca e no dia da gravação não comparece, aí são obrigados a chamar um outro, alguém as pressas. Por isso às vezes repetem o tal sortudo Rs 


9) O que você tem a dizer sobre as  pessoas que não são taradas?

Nada contra. Cada um sabe de si. Assim como existem pessoas como eu, ninfomaníacas, existem pessoas que ainda não descobriram os prazeres no próprio corpo, pessoas contidas,  que às vezes tem vontade mas não tem coragem de se liberarem.

10) Na sua opinião o que faz   uma mulher gozar enlouquecidamente ?


Tantas coisas fazem a mulher gozar enlouquecidamente: uma língua bem molhada num ritmo gostoso na bucetinha; um dedinho, dois ou três dedinhos enfiados na bucetinha; uma foda bem fodida ou somente um vibradorzinho localizado no grelinho. Existem muitos meios de enlouquecer uma mulher de tesão.


11) Qual sua maior loucura sexual fora das câmeras?

Loucura sexual fora das câmeras... Na verdade eu sempre colecionei lugares diferentes pra transar. Com 18 anos, além de fazer escondido no muro, fiz no cemitério de madrugada; fiz no meio de um campo de futebol vazio e a noite é claro, fiz uma vez com dois policiais dentro de uma viatura; em uma peixaria, mercado, escola.... Aí logo depois comecei a fazer filmes e fiz nos mais diversos lugares.


12) Qual sua opinião sobre a legalização da maconha?

Sou a favor da legalização da maconha. Todo mundo tem o livre arbítrio e cada um sabe de si



13) Eu vi uma atriz pornô falar que atriz pornô  boa tem que beber porra e dar o cu. Concorda?

Discordo... Na verdade as atrizes não são obrigadas a nada; a quem da o cu a quem bebe porra, cada atriz se destaca da sua maneira... A verdade é que os fãs querem ver de tudo. Existem todos os  tipos de cena, mas cabe a atriz decidir o que topa fazer em cena ou não...

14-) E pra vocês o que significa esse prêmio sexy hot?

 É como se fosse o Oscar,  uma festa proporcionada pelo canal, que da a chance de algumas atrizes ou atores se destacarem em algumas categorias, como no ano passado eu ganhei o prêmio melhor cena de fetiche com o filme Pés do prazer....
Por conta dessa premiação, tanto as produtoras quantos profissionais do ramo, tem se empenhado e se dedicado muito mais. Antes desse prêmio a atriz ia lá e fazia sua cena simplesmente. Agora visando ganhar o título,  a atriz faz sua melhor performance em cena de anal, melhor performance em cena de dp, faz a melhor cena de oral, tem o melhor diretor, etc.
Fiquem atentos, porque com certeza estarei concorrendo à alguma categoria esse ano do prêmio PIP (prêmio da indústria pornô).




14) Fale o que quiser.


Pra vocês que querem saber um pouquinho mais sobre mim acessem o meu site www.PatriciaKimberly.Com

Ou Facebook Patricia Kimberly
Ou Twitter Patricia Kimberly 

Beijinhos