quarta-feira, 9 de março de 2016

LEANDRO ERVILHA

Por: Diego EL Khouri

Conheci esse escritor/artista plástico  nas minhas andanças pelo Rio de Janeiro. isso foi 2013 e mais especificamente na Lapa. Estava expondo suas pinturas em um "sarau de poesia erótica" promovido pelo poeta Vinni Corrêa. Além de livros e pinturas ele organiza diversos eventos na cidade carioca. É um camarada que vale a pena conhecer mais.


1)            Como foi seu início na literatura e artes plásticas?

O meu início nas artes plásticas se deu pela minha tentativa de me descobrir como artista, não só através do meu processo criativo na tentativa de descobrir traços e técnicas que eu pudesse me identificar, mas do incessante estudo das artes, principalmente no seu aspecto histórico. Quanto a literatura eu senti que o momento em que eu decidi publicar o livro, o país passava por um momento em que estava pedindo por uma literatura que expressasse todas as angústias, dúvidas e aspectos comportamentais da sociedade contemporânea.

2)            Como é o seu processo de criação?

 Tanto nas artes plásticas quanto na literatura, fico com as ideias fluindo na minha cabeça por semanas, até o momento que eu decido colocar todas as ideias em prática.


3)        Você promove saraus e eventos culturais com uma certa frequência. Fale sobre.
 Uma vez por mês eu organizo o Sarau Poético da Maju, que ocorre na livraria Maju do Parque Shopping Sulacap, e é transmitido ao vivo pelo meu site www.leandroervilha.com.br. O microfone é aberto para todas expressões artísticas, dando oportunidade para escritores, músicos, atores, etc. Eu me preocupo com todos os detalhes, desde o planejamento até o momento em que as pessoas estarão participando, assim posso dar ao público um evento de qualidade e principalmente aos artistas a possibilidade de realizarem suas apresentações com satisfação. Nos saraus há a possibilidade de escritores fazerem lançamentos, fazendo com que outras pessoas que não estão em sua lista de convidados, de conhecerem e adquirirem os seus livros. Ocasionalmente também realizo junto com o sarau, uma exposição coletiva que criei, chamada Rio Artes Visuais, em que artistas profissionais e amadores podem expor seus trabalhos. No mês de dezembro de 2015, tive a grande experiência de organizar o sarau Poesia & Arte junto com o escritor Márcio Muniz. Nesse evento além do sarau houveram oficinas, exposição de artes plásticas, lançamentos, venda de artesanato e a presença do convidado especial Mano Melo, que recebeu algumas homenagens que tivemos o prazer de prestá-lo.



4)        Quais livros te marcaram profundamente?
Metamorfose de Franz Kafka, A hora de estrela de Clarisse Lispector, Vidas secas de Graciliano Ramos, Mr. Slang e o Brasil de Monteiro Lobato, além de toda obra poética de Carlos Drummond de Andrade.


5)        Ainda acredita na literatura?

Acredito e acho que é uma ferramenta para criar cidadãos mais conscientes e reflexivos.




6)       Fale sobre sua arte visual.

Procuro não me prender apenas a um tipo de trabalho, para que eu possa estar sempre me superando como artista. Com a criação da exposição Preto no Branco, pude dar uma personalidade aos traços de silhuetas de mulheres, de forma com que o público pudesse identificar facilmente como um trabalho produzido por mim. Atualmente, tenho procurado desenhar aves e outras espécies de animais, além de ter criado um autorretrato.

7)        Sua poesia.

A minha poesia está diretamente ligada a vida na sociedade contemporânea, e procura falar a respeito de problemas como: depressão, consumismo, poluição, crime, etc., e assim saiu o livro “Caos Urbano”.
Atualmente estou buscando um assunto totalmente diferente do que costumo escrever, e logo sairá o livro “Nos Confins do Universo”, que possui toda uma carga científica e é um amálgama da realidade e da ficção. Mas mesmo neste livro, tento fazer alusão aos problemas correntes de nosso planeta.


8)        Uma grande imprudência.
Não veio nada em mente.



9)        Uma poesia pra finalizar.

DEPRESSÃO

Dirijo sem direção.
Indo pelo caminho
da obscura depressão.
Meus olhos correm
para todos os lados.
Minhas veias pulsam.
Meu café esfriou.
A luz se apagou.
Não há dança,
nem cor,
vontade ou rancor.
Só pensamentos desconexos.



10)      Fale o que quiser.



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